“A arte salva!”, diz o artista ao explicar como o teatro o ajudou a trabalhar com a timidez.

Da esquerda para a direita: Letizia Pitol Zanuso, Rafa Moraes, Aroeira e Maria Eduarda Palermo.

Natural de Pernambuco, o cantor e compositor Aroreira cresceu no interior da Bahia e, na adolescência, se mudou para São Paulo. A sua construção como artista ocorre ainda na infância por meio de obras literárias, que, segundo ele, o levavam a outros mundos. Entretanto, foi na capital paulista que passou a experimentar o teatro e, posteriormente, a ter aulas de violão, transformando-o no artista performático que é hoje.

Atualmente, ele atravessa a sua terceira fase criativa com o EP “O Início do Início“, lançado em março de 2025 e que traz musicalidade e nuances da sua trajetória. Características, aliás, presentes no primeiro clipe deste trabalho, intitulado “Eira Nem Beira“.

Aroeira explica cada símbolo presente em sua jaqueta.

Em entrevista às monitoras Letizia Pitol Zanuso (do curso de Rádio, TV e Internet) e Maria Eduarda Palermo (do curso de Jornalismo), ele contou a origem do seu nome artístico, os aprendizados obtidos com o teatro e a sua introdução no cenário musical, que começou pelo rádio através do seu avô e pelas festas na Bahia. Além disso, o artista explicou o porquê que a música é o campo da arte que admira mais no momento, os significados dos símbolos presentes na jaqueta que estava usando e o seu contato com a literatura de cordel, especialmente com “O Romance do Pavão Misterioso”, que o ajudou durante o seu processo de mudança para a capital paulista.

Sobre “Eira Nem Beira“, o convidado falou sobre as diferentes visões do Brasil nas cenas apresentadas no clipe, os músicos que ajudaram na produção e a letra, incluindo a conexão com os elementos presentes que remetem a sua vida. E, por fim, o músico disse como avalia o incentivo cultural por parte de entidades e governos, os artistas nordestinos que o inspiraram, os projetos futuros, de que forma traz os elementos cordelistas para os seus trabalhos e, também, as contribuições de tal gênero literário para a disseminação do folclore brasileiro.

Acompanhado do guitarrista Rafa Moraes, Aroeira interpretou sucessos e canções inéditas ao longo do bate-papo.